Foram 5 dias e noites no Hospital da Luz, tratamento muito atencioso.
Uma equipa jovem, que está lá porque gosta daquilo que faz, sente-se.
Dia 21 ás 16h dei entrada, um jovem enfermeiro veio ter comigo para me dar todos os conselhos e informações sobre o que se ia passar a seguir. Já deitada na cama com a bata, o jovem pediu-me a mão e ajoelhou-se perto de mim pois queria tirar-me algum sangue. Ainda brinquei pois nunca ninguém me tinha pedido a mão de joelho no chão. 18 h seguimos pelos corredores e como ia deitada, era mesmo como nos filmes, vi passar as luzes do tecto. já perto da sala de cirurgia voltei a ter à minha volta uma equipa muito atenta, fazendo perguntas repetindo algumas, para ver se eu estava lúcida. Aqueceram-me com um tubo tipo aspirador. e fiquei a aguardar a sentir todos os sons à minha volta. A porta da sala abriu e fechou várias vezes. Finalmente fui empurrada lá para dentro e vi um ecran que tinha a hora de 18h e 42 minutos. Logo de seguida uma voz jovem disse que era a minha anestesista e que me ia picar levemente desejou boa viagem e ainda ouvi que me ia pôr uma mascara... acabou... fui... deixei-me ir...
Acordei já noutra sala, com muita luz no tecto. foi difícil abrir os olhos, mas assim que o fiz senti logo alguém por perto... eram imensas as camas. O som das máquinas... disseram-me para respirar fundo... assim fiz, e sempre que ouvia o piiiiiiii respirava, mais fundo, mas só mais tarde percebi que o piiiiiii não era da minha máquina.
Senti que ia vomitar e ouvi dizer que naquele dia quase todos o fizeram. A sala foi ficando cada vez com mais buracos, as camas foram indo para os quartos, eu devo ter sido das ultimas a subir, Logo que me levaram olhei um relógio e faltava vinte minutos para a uma da manhã.
Boa estava viva. No meu quarto havia outra senhora que também tinha voltado. Trocamos duas ou três palavras e voltei a dormir.
Na manhã seguinte estava bem não tinha dores, imaginei que me estavam a medicar muito.
Manhã seguinte e próximas...
Sem comentários:
Enviar um comentário